sábado, março 17, 2007

A igreja do séc XXI ???

Quero falar sobre um assunto um bocado melindroso, porque mexe com a religião, mais propriamente com a católica. Como todos sabemos, com a morte do Papa João Paulo II, foi eleito o seu secretário o cardeal Ratzinger, o novo Papa Bento XVI.
Na minha opinião a igreja católica, já não muito feliz em algumas ideias e opiniões sobre a vida e sociedade actual, ainda regrediu mais com a eleição desse senhor.
Ainda esta semana, o Papa Bento XVI, fez sair um documento, o Sacramentum Caritatis, (Sacramento da Caridade) onde pede para haver "sobriedade" na eucaristia e exorta uma série de medidas entre as quais a utilização de mais latim e gregoriano nas missas, reforça o celibato dos sacerdotes a exclusão de música(s) " que não respeitem o sentido da liturgia" (adeus padre Borga), que os fiéis têm de demonstrar actos públicos de fé, entre outras coisas já nossas conhecidas, o aborto, a utilização de preservativos, etc. . Depois de ver isto tudo, pergunto para mim mesmo: Mas afinal em que século é que estamos????
Num mundo onde tudo avança e evolui, desde a ciência nas suas inúmeras vertentes, à cultura, sociedade, artes, onde as mentalidades se abrem e se compreende cada vez mais o Homem, a igreja católica que tem como finalidade dar ajuda e apoio espiritual ao fiel nos momentos em que mais precisa, cada vez mais se parece com a igreja da idade média. Repressiva e antiquada, por este andar, não tarda, temos de volta a inquisição e os autos de fé. Penso que o sr. Papa Bento XVI, está ter umas atitudes e ideias retrógadas que nada se coadunam com o pensamento e ideias do século XXI, a igreja católica deveria fazer uma introspecção, abrir os olhos e a mente para a realidade actual. Provavelmente até ganharia mais fiéis e sacerdotes.
Não estou com isto a dizer que se deva acabar com a igreja católica ou com os padres, a religião é necessária mas tambêm tem de ser para servir o homem e não o homem servir a religião.

Antes de me ir embora, gostaria de fazer uma sugestão para passar o tempo.
Acabei de ler à pouco tempo um livro que a meu ver é fabuloso. Chama-se "Sangue do meu sangue" e é do Michael Cunningham, escritor Norte - Americano, galardoado com diversos prémios entres eles um Pullitzer e que tambêm escreveu "As Horas", que foi adaptado ao cinema e interpretado pela Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore.
No livro em questão "Sangue do meu Sangue", Cunningham retrata três gerações de uma família, atravessando desde os anos cinquenta até 2035, expondo as suas alegrias, tristezas, conquistas, percas, etc. fazendo um retrato tambêm muito crítico e incisivo à sociedade norte-americana da última metade do século XX. Eu adorei o livro e recomendo-o a todos, fácil de ler e empolgante que nos prende à leitura do princípo até ao fim, recomendo igualmente todos os outros livros de Cunningham.
E com esta sugestão vou-me embora porque já se faz tarde e vamos aproveitar o sábado para dormir até mais tarde e descansar.
Um abraço a todos (as) e boa noite.
Pipas

1 comentário:

- disse...

Ao falares de religião acho que já sabias que eu iria comentar, não é?

a) o que é que estavas à espera de um papa que foi da juventude nazi? Querias que não fosse repressor? LOL

b) Não perguntes em que século estamos mas em que século a Igreja ficou.

c) Aí essa parte do tudo avança e evolui, é contestável, mas ok ...

d) A religião é necessária? Desta forma, desde quando? Não a acho nada necessária, aliás, um ópio do povo, um pão e circo para ninguém ver realmente o que se passa nos bastidores políticos onde estes papas também têm uma esfera de influência ainda por apurar.

e)Quando tiver menos trabalho, tenciono conhecer esse autor. :o)