Andava eu pela net, nomeadamente no facebook, quando vejo uma ligação feita pela Sara Figueiredo Costa do blogue Cadeirão Voltaire que me chamou a atenção.
A ligação remetia para um artigo de um site em que a "Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN", repudia uma campanha da DCE - Design e Publicidade e do Alto Comissariado da Saúde - Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, porque "considera essa campanha uma "explicita aceitação, de que seres humanos - mulheres, estão à venda e se abra caminho para se aceitar que a prostituição é um trabalho e como tal uma profissão".
Ora bem... A prostituição não é considerada a profissão mais antiga do mundo???, Não há diversos países em que a prostituição é legal há dezenas de anos, onde esses "profissionais" fazem disso a sua vida dia a dia???
Eu, como em outros assuntos considerados sensíveis como o aborto e a eutanásia por exemplo, sou perfeitamente liberal e concordo a 110% com isso, desde que devidamente regulados pelo estado e feitas em instituições com as devidas condições e pessoal competente para as realizar e sem prejudicar terceiros.
Em relação à prostituição, evidentemente que sou a favor da sua legalização.
A conversa da CGTP - IN, é demagoga, atrasada no tempo e sem fundamento nos dias que correm, nem parece vir de uma instituição de esquerda.
Eu já estive em países em que a prostituição é legal, nomeadamente na Holanda e Alemanha e as coisas funcionam lá na melhor das formas. A minha opinião é que ao legalizar a prostituição e criar casas específicas com as devidas condições de higiene e segurança para a práctica da prostituição, fazer e manter um controle sanitário e médico aos profissionais do sexo, manter um registo dessas mesmas pessoas de forma a acompanhá-las para as manter bem física e psicológicamente, seria um grande passo para reduzir o flagelo das doenças sexualmente transmissíveis, o trafego de pessoas, o lenocídio e toda a restante criminalidade associada à prostituição e até para reabilitar certas zonas de cidades como é o caso do Intendente em Lisboa.
Para não falar em que essas pessoas teriam de ser colectadas, pagar impostos e segurança social contribuindo assim para o país.
Tenho pena que a mentalidade portuguesa ainda esteja parada no tempo neste tipo de coisas, a prostituição (desde que não seja imposta), é uma opção, e pertence à moral e ideais de cada indivíduo, e só esse indivíduo pode escolher se ao prostituir-se está a degradar-se ou não.
Tal como dizia Sarte "estamos condenados à liberdade".
Fiquem bem.
Pipas
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