Terminou ontem a 81ª Feira do Livro de Lisboa. Pelo que tenho lido na imprensa hoje, mas principalmente na internet, nos blogues literários, o saldo é positivo. A meteorologia ajudou, apenas chovendo nos primeiros dias da feira, sendo os restantes sempre com sol e o número de visitantes e de compras também foi bom.
Eu este ano apenas consegui ir uma vez à feira, no domingo dia 8 de Maio, não sozinho como habitualmente faço mas integrado no grupo de "tertuliantes" do fórum BBdE, que habitualmente se junta para convíver e falar acerca de livros e outras coisas mais, sendo por isso o local escolhido este mês, como seria de esperar a feira do livro.
Devido a isso a minha visita este ano foi um pouco condicionada e rápida do que habitualmente costuma ser, mas deu à mesma para fazer as minhas observações, que venho aqui partilhar.
O Parque Eduardo VII, continua a ser o sítio de excelência para se realizar a feira, nada a apontar acerca disso, as infra-estruturas também são boas tal como a disposição dos stands.
Agora, a meu ver e de muitas outras pessoas também, nota-se (e este ano viu-se isso muito bem), a existência de duas ou até mesmo de mais feiras dentro da feira.
Como sabemos o mundo editorial nacional anda em ebulição e temos três grandes grupos editoriais a concorrer para ser o maior, ou seja a Leya, a Porto Editora e a mais recente Babel, fazem todos os esforços para venderem as suas marcas e respectivos livros, sendo a feira um dos sítios mais apetecidos para se promoverem e lutarem entre si.
Portanto tivemos quatro feiras, a feira "normal", das editoras pequenas e alfarrabistas, com os seus stands seguidos uns aos outros, no formato de venda clássico como estamos habituados, depois tivemos a Leya e a Porto Editora com as suas praças, onde os stands das suas editoras estavam todas juntas, formando uma espécie de círculo fechado, com detectores de alarmes à entrada e saida e no centro desse "círculo" uma "caixa central" onde se ia pagar os livros que se traziam dos stands e também mesas e cadeiras onde os autores davam autógrafos, eram entrevistados ou participavam em qualquer evento ou acção. Para mim este modelo é mau, porque retira o espírito de feira, parecia que estava numa "Fnac" ao ar livre e provoca um ainda maior aglomerado de pessoas, provocando filas para pagamento na dita "caixa central" ou mesmo a difícil circulação das pessoas para se conseguir ir aos stands ver os livros.
Mas pior foi a opção da Babel que juntou os seus stands numa espécie de "túnel", negro ainda por cima, que provocava uma ainda mais difícil circulação dentro do stand, muito calor e uma grande sensação de desconforto, penso que este modelo de stand é o pior que se pode utilizar neste tipo de evento.
Apesar de não concordar e não gostar destas praças e túneis, tenho de reconhecer que a feira estava agradável, com muitos livros e stands e que é sempre uma óptima oportunidade para se adquirir livros, principalmente aqueles que já não se encontram nas prateleiras das livrarias e a preços ligeiramente mais baixos.
Também é de salientar as diversas acções realizadas durante os dias da feira, com música ao vivo, animação para crianças, debates e conversas com autores e a "Hora H" que nos trazia livros com descontos grandes.
Este ano já acabou agora venha a do ano que vem.
Fiquem Bem
Pipas
1 comentário:
A do ano que vem ainda será igual. Sobre a Feira de 2013 é que está tudo por descobrir. Veremos.
Enviar um comentário