terça-feira, maio 31, 2011

Novamente as greves na CP


E pronto avizinha-se outro mês de complicações devido às greves da CP...
Depois de termos passado um mês de Março infernal, parece que o mês de Junho vai ser igual.
A minha opinião sobre este assunto já foi exposta num post anterior e continua a mesma.
Hoje por azar e descuido da minha parte, não me apercebi que ia haver greve e fui como habitualmente de manhã para a estação para apanhar o comboio para o Rossio que passa no Cacém às 07h40 para ir trabalhar. Mas quando chego à estação comecei logo a desconfiar que alguma coisa estava errada, uma multidão de gente, as televisões a filmar, as bilheteiras fechadas... Pensei logo para comigo "queres ver que hoje há greve e eu não sei!!" Dirigo-me para o acesso aos cais e quando vejo nos placards electrónicos que os comboios tinham todos sido "suprimidos" disse logo "estou fod***".
Por acaso lembrei-me de um camarada que também vive no Cacém e que costuma ir comigo no comboio e liguei-lhe a avisar da greve, ele também não sabia e decidimos ir de carro até Lisboa.
Escusado é dizer que saimos do Cacém pouco antes das 08h00 da manhã mas devido ao transito intenso só conseguimos chegar ao serviço já eram 10h00...
Resumindo, apanhamos uma carga de nervos e chatices logo de manhã.
Para mim o mais caricato desta situação, no caso de hoje é que a greve era do pessoal revisor e das bilheteiras, então qual o porquê de não terem sido feitos comboios??? Será que os maquinistas não podem andar sem revisores??
A maioria das pessoas que utiliza comboio, tira o passe mensal ou então como é o meu caso, usa bilhete electrónico que carrega com várias viagens, penso que não seria por falta de fiscalização que a CP iria perder dinheiro, visto que o grosso desse dinheiro já está na CP logo no princípio do mês.
Tal como referi no outro post sobre este mesmo assunto não sou contra o direito de os trabalhadores lutarem pelos seus direitos, mas neste caso dos trabalhadores da CP, infelizmente quem eles prejudicam com estas greves não é a empresa ou o governo, mas sim os utentes, que sofrem para irem trabalhar, chegam atrasados ou simplesmente não vão, e com esses atrasos e faltas são descontados no ordenado, porque os patrões não querem saber se houve greve ou não e essas faltas não são justificadas.
Eu acho que nós utentes da CP deviamos era juntarmo-nos todos e andarmos um mês "à pala" nos comboios, ou seja durante um mês ninguém pagava passe ou bilhete, era o que eles mereciam...
Mas enfim não podemos (devemos) entrar por essas vias, porque esse tipo de atitude também não leva a nada...
Pipas

sexta-feira, maio 27, 2011

Faz hoje um ano que nos deixaste...


Amigo faz hoje um ano que infelizmente nos deixaste de forma tão trágica e parva, mas não te esquecemos e sentimos saudades tuas, para além de camarada de serviço foste também um grande amigo que me apoiou e ajudou sempre que foi necessário.
Estejas onde estiveres um grande abraço e se puderes bebe umas jolas fresquinhas por mim...
Pipas

quinta-feira, maio 19, 2011

Mário de Sá-Carneiro 121 anos


Faz hoje 121 anos que nasceu um dos maiores poetas e escritores portugueses Mário de Sá-Carneiro.
Mário de Sá-Carneiro nasceu a 19 de Maio de 1890 e ficou orfão de mãe logo cedo, sendo então criado pelos avós numa quinta em Camarate.
Desde muito muito cedo mostrou inclinação para as artes, nomeadamente para a literatura, começa a escrever ainda no liceu e tenta ser actor.
Vai para Coimbra para estudar Direito mas desiste logo no primeiro ano, entretanto conhece Fernando Pessoa e tornam-se muito amigos.
Entretanto Sá-Carneiro deixa Lisboa e decide ir para Paris estudar, aí depressa também desiste de estudar e dedica-se a uma vida de boémia e tertúlia, juntamente com o pintor Santa-Rita.
Devido ao início da I Guerra Mundia, volta a Lisboa e com Pessoa, Almada-Negreiros e outros, funda o grupo modernista português e a famosa revista Orpheu.
Regressa a Paris mas entra em depressão, que juntamente com as dificuldades monetárias que lhe impedem de fazer a vida que queria, o faz tomar a decisão de se suicídar em 26 de Abril de 1916.
Mário de Sá-Carneiro deixou-nos uma obra esplêndia, tanto em verso como em prosa, em que mostra bem a angústia e o desespero que dominaram toda a sua vida, sendo a par de Fernando Pessoa um dos maiores escritores Portugueses de sempre.

"Epígrafe"

A sala do castelo é deserta e espelhada.


Tenho medo de Mim. Quem sou? De onde cheguei?...
Aqui, tudo já foi... Em sombra estilizada,
A cor morreu --- e até o ar é uma ruína...
Vem de Outro tempo a luz que me ilumina ---
Um som opaco me dilui em Rei...

Mário de Sá-Carneiro

quarta-feira, maio 18, 2011

Philip Roth vence o Man Booker Prize


Philip Roth, conhecido escritor Norte-Americano que escreveu vários livros como por exemplo "Pastoral Americana"; "Casei com um Comunista" ou "A Conspiração Contra a America", venceu a edição deste ano do prestigiado prémio "Man Booker International Prize".
Este prémio tem o valor de 60000 libras e é entregue de dois em dois anos e serve para distinguir autores ainda vivos de língua inglesa ou cuja obra tenha sido amplamente traduzida para essa língua.
Pode ler aqui a declaração de Rick Gekoski, do comité de juízes sobre o porquê da entrega do prémio este ano a Philip Roth.
E deixo também o vídeo que Roth fez a agradecer a entrega do prémio.
Entretanto também já há vozes que apontam Philip Roth como um futuro Nobel da literatura...


Pipas

segunda-feira, maio 16, 2011

Noite e dia dos museus - 2011


Na próxima quarta - feira dia 18 de Maio celebra-se o Dia Internacional dos Museus.
Como habitualmente neste dia os museus (e monumentos) nacionais, encontram-se abertos até mais tarde e com entrada livre, tendo também durante o dia inúmeras acções e eventos relacionados com os museus e a sua temática.
Apesar de o Dia Internacional dos Museus ser só no dia 18, este fim de semana passado, mais propriamente no sábado dia 14, houve a noite dos museus, em que os mesmos estiveram abertos até à meia-noite, com entrada livre e também com diversas actividades.
Aproveitando este facto, então no sábado à noite eu e um grupo de amigos decidimos ir ao fabuloso Museu Nacional de Arte Antiga.
O Museu Nacional de Arte Antiga, para além de ser um dos melhores museus nacionais a nível de espólio, tem também a felicidade de estar num sítio fenomenal de Lisboa e com uns jardins lindos e aprazíveis.
Como atrás referi, houve diversas actividades no museu, infelizmente por motivos vários (atrasos de terceiros, difícil estacionamento em Lisboa) só cheguei ao museu depois das 22 horas perdendo o concerto dos Pequenos Violinos da Orquestra Metropolitana de Lisboa nos jardins do Museu, mas chegamos a tempo da inauguração da exposição “M & M. MNAA & MUDE / MUDE & MNAA. Artes e Design”, uma colaboração entre o M.N. A. A. e o MUDE, Museu do Design, que integra peças de design contemporâneo com as peças de arte antiga, mas integrando-se e fundindo-se umas nas outras sem causar atrito e ao mesmo tempo provocando uma agradável visão a arte moderna misturada com a arte antiga.
Para além disso, há as intemporais peças de arte antiga tanto na pintura com destaque para as pinturas dos mestres da escola holandesa e flamenga (os meus preferidos) do séc. XV e XVI, como na arte Nambam com os seus famosos biombos, a joelharia e principalmente as obras dos grandes mestres portugueses, cujo expoente máximo são os Painéis de São Vincente do mestre Nuno Gonçalves, que sempre que os vejo me deixam "siderado".
Após a visita ao museu, que toda a gente adorou, principalmente quem nunca lá tinha ido, descemos a rua das Janelas Verdes até Santos onde tinhamos os carros estacionados, falo neste pormenor porquê?
No grupo de amigos que ia comigo, um deles já tinha trabalhado no Hotel das Janelas Verdes, na respectiva Rua das Janelas Verdes e levou-nos a visitar esse hotel, que não é nem mais nem menos que o palacete que serviu de inspiração ao Eça de Queiroz para idealizar o famoso "Ramalhete" dos Maias.
O Hotel, é um palacete do séc. XVIII, com um fabuloso jardim interior e uma sala de estar/biblioteca no terceiro piso com uma varanda com uma vista fabulosa para o Tejo e margem sul.
Após a visita ao Hotel das Janelas Verdes, ainda paramos na AV. 24 de Julho, na Merendeira para comermos um pão com chouriço e um Caldo Verde.
Foi uma noite bem passada, um programa cultural engraçado e diferente.
A quem não pode ir no passado sábado à noite dos museus, aproveite e vá na quarta - feira ao dia dos museus que vale bem a pena.
Fiquem bem
Pipas

81ª Feira do Livro de Lisboa - 2011


Terminou ontem a 81ª Feira do Livro de Lisboa. Pelo que tenho lido na imprensa hoje, mas principalmente na internet, nos blogues literários, o saldo é positivo. A meteorologia ajudou, apenas chovendo nos primeiros dias da feira, sendo os restantes sempre com sol e o número de visitantes e de compras também foi bom.
Eu este ano apenas consegui ir uma vez à feira, no domingo dia 8 de Maio, não sozinho como habitualmente faço mas integrado no grupo de "tertuliantes" do fórum BBdE, que habitualmente se junta para convíver e falar acerca de livros e outras coisas mais, sendo por isso o local escolhido este mês, como seria de esperar a feira do livro.
Devido a isso a minha visita este ano foi um pouco condicionada e rápida do que habitualmente costuma ser, mas deu à mesma para fazer as minhas observações, que venho aqui partilhar.
O Parque Eduardo VII, continua a ser o sítio de excelência para se realizar a feira, nada a apontar acerca disso, as infra-estruturas também são boas tal como a disposição dos stands.
Agora, a meu ver e de muitas outras pessoas também, nota-se (e este ano viu-se isso muito bem), a existência de duas ou até mesmo de mais feiras dentro da feira.
Como sabemos o mundo editorial nacional anda em ebulição e temos três grandes grupos editoriais a concorrer para ser o maior, ou seja a Leya, a Porto Editora e a mais recente Babel, fazem todos os esforços para venderem as suas marcas e respectivos livros, sendo a feira um dos sítios mais apetecidos para se promoverem e lutarem entre si.
Portanto tivemos quatro feiras, a feira "normal", das editoras pequenas e alfarrabistas, com os seus stands seguidos uns aos outros, no formato de venda clássico como estamos habituados, depois tivemos a Leya e a Porto Editora com as suas praças, onde os stands das suas editoras estavam todas juntas, formando uma espécie de círculo fechado, com detectores de alarmes à entrada e saida e no centro desse "círculo" uma "caixa central" onde se ia pagar os livros que se traziam dos stands e também mesas e cadeiras onde os autores davam autógrafos, eram entrevistados ou participavam em qualquer evento ou acção. Para mim este modelo é mau, porque retira o espírito de feira, parecia que estava numa "Fnac" ao ar livre e provoca um ainda maior aglomerado de pessoas, provocando filas para pagamento na dita "caixa central" ou mesmo a difícil circulação das pessoas para se conseguir ir aos stands ver os livros.
Mas pior foi a opção da Babel que juntou os seus stands numa espécie de "túnel", negro ainda por cima, que provocava uma ainda mais difícil circulação dentro do stand, muito calor e uma grande sensação de desconforto, penso que este modelo de stand é o pior que se pode utilizar neste tipo de evento.
Apesar de não concordar e não gostar destas praças e túneis, tenho de reconhecer que a feira estava agradável, com muitos livros e stands e que é sempre uma óptima oportunidade para se adquirir livros, principalmente aqueles que já não se encontram nas prateleiras das livrarias e a preços ligeiramente mais baixos.
Também é de salientar as diversas acções realizadas durante os dias da feira, com música ao vivo, animação para crianças, debates e conversas com autores e a "Hora H" que nos trazia livros com descontos grandes.
Este ano já acabou agora venha a do ano que vem.
Fiquem Bem
Pipas