Boa noite meus amigos(as), hoje é outro dia histórico! Desta vez, não é o nascimento de um país, mas uma mudança(?) noutro.
Após 50 anos à frente de Cuba, Fidel Castro, numa comunicação ao país, através da televisão e do "Diário Granma", jornal oficial do governo de Cuba, faz uma declaração, onde diz que já não tem condições para estar à frente dos destinos do país.
Fidel Castro, que está no poder desde 1959, ano em que após uma "guerra" de guerrilha, conseguiu depor o regime ditatorial de Fulgêncio Baptista, que era apoiado pelos Estados Unidos, criando um regime socialista que perdura até hoje. Cuba, sempre foi uma pedra no sapato dos Estados Unidos, um regime socialista, à porta nunca foi bem aceite pelos Americanos, originando situações de grande tensão internacional, como foi o caso da crise dos mísseis ou a tentativa falhada de invasão de Cuba por opositores ao regime, conhecida pelo nome onde se deu o desembarque dessa força, a "Baía dos Porcos". Fidel, juntamente com o "mítico" Che Guevara, o seu irmão Raúl e outros, criaram uma aura romântica, à volta da revolução e da política socialista implantada depois.
Cuba e Fidel, sempre foram um paradoxo deste essa altura, debaixo de um embargo posto em práctica pelos Estados Unidos, e que desde a queda da União Soviética tem estado quase sempre só no plano internacional, consegue ter um nível de vida social, de educação e de saúde que a maioria dos países ditos desenvolvidos nunca conseguiram ter, se é que alguma vez irão ter. Mas evidentemente que há o reverso da medalha, Cuba vive desde 1959 sob um regime totalitário, onde não há liberdade de expressão e onde todos os opositores ao regime são perseguidos e silenciados, a miséria abunda e onde que só desde a abertura do país ao turismo é que recebeu uma lufada de ar fresco na economia.
Fidel, com 81 anos de idade, muito debilitado fisicamente, há 19 meses que está afastado da governação, devido a problemas de saúde, já tinha passado o poder interinamente ao irmão Raúl.
Com esta decisão, passa definitivamente o poder ao irmão e diz que vai dedicar-se à luta política e social, mas através dos seus textos e ideias, sendo um "soldado de las ideas".
E agora? Perguntamos nós? Ninguém sabe, uns já falam em transição para o regime democrático, outros que tudo vai ficar na mesma, só o futuro o dirá. Vamos esperar para ver, eu claro que vou ser um espectador atento.
Hoje penso que se fez justiça em Portugal, pela 1ª vez um partido político (PSD), foi considerado culpado por receber financiamentos ilícitos por parte de uma grande empresa (Somague), que também foi condenada. Os meus parabéns ao tribunal constitucional, só espero que não se fiquem pelo PSD, porque de certeza que há mais...
Boa noite
Pipas
Após 50 anos à frente de Cuba, Fidel Castro, numa comunicação ao país, através da televisão e do "Diário Granma", jornal oficial do governo de Cuba, faz uma declaração, onde diz que já não tem condições para estar à frente dos destinos do país.
Fidel Castro, que está no poder desde 1959, ano em que após uma "guerra" de guerrilha, conseguiu depor o regime ditatorial de Fulgêncio Baptista, que era apoiado pelos Estados Unidos, criando um regime socialista que perdura até hoje. Cuba, sempre foi uma pedra no sapato dos Estados Unidos, um regime socialista, à porta nunca foi bem aceite pelos Americanos, originando situações de grande tensão internacional, como foi o caso da crise dos mísseis ou a tentativa falhada de invasão de Cuba por opositores ao regime, conhecida pelo nome onde se deu o desembarque dessa força, a "Baía dos Porcos". Fidel, juntamente com o "mítico" Che Guevara, o seu irmão Raúl e outros, criaram uma aura romântica, à volta da revolução e da política socialista implantada depois.
Cuba e Fidel, sempre foram um paradoxo deste essa altura, debaixo de um embargo posto em práctica pelos Estados Unidos, e que desde a queda da União Soviética tem estado quase sempre só no plano internacional, consegue ter um nível de vida social, de educação e de saúde que a maioria dos países ditos desenvolvidos nunca conseguiram ter, se é que alguma vez irão ter. Mas evidentemente que há o reverso da medalha, Cuba vive desde 1959 sob um regime totalitário, onde não há liberdade de expressão e onde todos os opositores ao regime são perseguidos e silenciados, a miséria abunda e onde que só desde a abertura do país ao turismo é que recebeu uma lufada de ar fresco na economia.
Fidel, com 81 anos de idade, muito debilitado fisicamente, há 19 meses que está afastado da governação, devido a problemas de saúde, já tinha passado o poder interinamente ao irmão Raúl.
Com esta decisão, passa definitivamente o poder ao irmão e diz que vai dedicar-se à luta política e social, mas através dos seus textos e ideias, sendo um "soldado de las ideas".
E agora? Perguntamos nós? Ninguém sabe, uns já falam em transição para o regime democrático, outros que tudo vai ficar na mesma, só o futuro o dirá. Vamos esperar para ver, eu claro que vou ser um espectador atento.
Hoje penso que se fez justiça em Portugal, pela 1ª vez um partido político (PSD), foi considerado culpado por receber financiamentos ilícitos por parte de uma grande empresa (Somague), que também foi condenada. Os meus parabéns ao tribunal constitucional, só espero que não se fiquem pelo PSD, porque de certeza que há mais...
Boa noite
Pipas
3 comentários:
De facto essa notícia não me surpreendeu. Já estava na hora de "El Coma andante" Fidel se retirar do poder, pois já está ultrapassado pela realidade sociopolítica actual!
Contudo, não creio que o seu irmão vá mudar o sistema político cubano, pois parece-me ser muito conservador. Pelo menos enquanto se servir da propaganda anti-americana para legitimar o regime vigente...
Em Cuba o poder absoluto do comunismo ainda durará mais 50 anos... a não ser que caia com outra revolução...
Pipas,
Também olho com alguma curiosidade para a actual situação de Cuba. Confesso que nunca acreditei muito numa renúncia de Fidel. Sempre pensei que estaria à frente dos destinos do seu país até ao fim (hasta siempre). Mas quiseram os desígnios da saúde (ou falta dela) ditar um afastamento mais precoce.
Sinceramente acho que os destinos do país vão seguir o curso que têm seguido, parece-me que Raúl Castro seguirá a política iniciada há 50 anos pelo irmão; tratar-se-á apenas de uma sucessão tranquila, tal como aconteceu em Marrocos aquando da morte de Hassan II.
É um facto que Cuba está longe de ser uma paraíso, mas como tu tão bem referes, em termos de saúde, educação e vida social, muito poucos países se orgulharão de ter atingido o patamar conferido à pátria de Fidel.
PS:Folgo em saber das sucessivas melhoras do teu irmão
Um abraço
BE
Quanto a Fidel, sou a única que o "defende" em vários circulos onde falo de política e chateia-me um bocado que as pessoas não vejam que apesar de aquilo não ser perfeito, a verdade é que se Fidel e Raul e Che não tivessem feito o que fizeram, hoje era mais uma ilhota de mamas de silicone e de cocacola...
Se defendem a independência do Kosovo com o argumento da identidade cultural própria, digam-me lá o que têm os cubanos de americano sem ser os carros de 1950...
Cuba é ditatorial, mas é um limbo do que o mundo infelizmente se tornou...uma província americanizada...
E ó pipinhas... o psd foi considerado culpado
porque o nosso governo é ps. quando tivermos outro governo psd, lá teremos o ps a ser considerado culpado. a
vingança tarda, mas chega...
tenho dito.
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